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STF mantém prisão de Padre Egídio por indícios de organização criminosa em hospital da Paraíba

STF mantém prisão de Padre Egídio por indícios de organização criminosa em hospital da Paraíba

Por: Luanja Dantas
04/04/2025 às 13h47 Atualizada em 04/04/2025 às 16h47

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (4) pela rejeição do recurso da defesa do Padre Egídio de Carvalho Neto e pela manutenção da prisão preventiva, atualmente convertida em prisão domiciliar. Relatora do caso, a ministra destacou que as decisões anteriores da Justiça da Paraíba e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estão alinhadas ao entendimento do STF no combate a organizações criminosas.

O julgamento acontece na Primeira Turma do STF e seguirá até a próxima sexta-feira (11), ainda aguardando os votos dos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin.

Organização criminosa e desvio de recursos da saúde

Padre Egídio é investigado por suposta liderança de uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 140 milhões da área da saúde na Paraíba, durante sua gestão à frente do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. O escândalo teve grande repercussão no estado, especialmente após a Polícia Civil deflagrar a operação que revelou compras milionárias de artigos de luxo, carros importados e imóveis de alto padrão, tudo supostamente financiado com recursos públicos.

Na decisão, Cármen Lúcia ressaltou que “a necessidade de se interromper ou diminuir a atuação de integrantes de organização criminosa enquadra-se no conceito de garantia da ordem pública, constituindo fundamentação cautelar idônea e suficiente para a prisão preventiva”.

A defesa de Egídio alega perseguição religiosa e nega as acusações, mas as investigações apontam para uma suposta rede de colaboradores que inclui ex-diretores do hospital e pessoas ligadas à gestão do padre.

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