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MPF pede condenação de cinco investigados por fraudes no Hospital de Clínicas em Campina Grande

MPF pede condenação de cinco investigados por fraudes no Hospital de Clínicas em Campina Grande

Por: Luanja Dantas
05/07/2025 às 10h08 Atualizada em 05/07/2025 às 13h08
MPF pede condenação de cinco investigados por fraudes no Hospital de Clínicas em Campina Grande
Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal apresentou em 4 de julho de 2025 as alegações finais no caso envolvendo fraudes na contratação de serviços no Hospital de Clínicas de Campina Grande, solicitando a condenação de cinco pessoas ligadas ao esquema.

O processo, que corre na 4ª Vara da Justiça Federal da cidade, ficará a cargo do juiz Vinícius Costa Vidor, que aguarda a última manifestação das defesas antes de julgar os envolvidos.

São acusados dois ex-diretores da unidade, uma empresária, uma nutricionista e a ex-coordenadora de compras. As fraudes teriam sido cometidas por meio de superfaturamento, direcionamento em dispensa de licitação e uso da estrutura hospitalar para a prestação de serviços que deveriam ser externos, num prejuízo estimado de R$ 8 milhões.

Segundo o MPF, a empresa contratada deveria entregar refeições prontas em embalagens lacradas, mas preparava os alimentos dentro do hospital, sem entrega ou acondicionamento conforme o previsto, reduzindo custos para si e realçando irregularidades.

O órgão também destacou que houve uso da mesma empresa em eventos do governo estadual, além dos contratos hospitalares.

A acusação inclui os crimes de organização criminosa, peculato e fraude em contratação direta.

Por sua vez, as defesas alegam inexistência de provas contundentes e descrevem as denúncias como “baseadas em especulações” ou “frágeis”, com a empresário afirmando que “não há prova nenhuma, apenas especulações do MPF” e a ex-coordenadora sustentando ter atuado sem ingerência nessas contratações.

A Polícia Federal executou duas fases da “Operação Marasmo”: uma no fim de 2023 e outra em setembro de 2024, ambas com mandados de busca e apreensão para reunir provas sobre o esquema.

O caso agora segue para julgamento em primeira instância pela Justiça Federal, enquanto as defesas têm prazo para apresentar suas últimas considerações.

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