Do litoral nordestino às mesas do mundo, o caju carrega muito mais que sabor. Nascido nas terras tropicais do Brasil, esse fruto, tecnicamente um pseudofruto, tem raízes profundas na história e na cultura do país. Conhecido desde os tempos pré-coloniais, o caju era parte da vida dos povos indígenas, que dele faziam alimento e bebidas.

O nome vem do tupi acayu, que pode ser traduzido como “noz que se produz”. Com a chegada dos portugueses, o caju cruzou oceanos e ganhou espaço na Ásia e na África, onde também se adaptou e passou a ser cultivado. Mas foi mesmo no Brasil, especialmente no Nordeste, que o fruto fincou identidade: tornou-se fonte de renda, marca cultural e base de muitas histórias.

Hoje, o caju é aproveitado em todas as suas partes. A polpa é consumida ao natural ou transformada em sucos, doces e geleias. Já a castanha, após ser torrada pode ser consumida in natura, com sal, caramelizada. Além disso, há usos menos populares, mas não menos importantes: a resina do cajueiro tem propriedades medicinais, e a casca já foi utilizada na medicina popular como antisséptico.

A produção do caju, embora tradicional, passou a ser alvo de inovações. Pesquisadores têm investido em técnicas de aproveitamento integral da fruta e no desenvolvimento de variedades mais resistentes, contribuindo para a sustentabilidade da cadeia produtiva. Em regiões como o sertão do Piauí, do Ceará e do Rio Grande do Norte, o cajueiro é um aliado importante da economia familiar.

Mas o caju vai além do campo. No Rio de Janeiro, dá nome a um bairro histórico, o Caju, que já abrigou propriedades da coroa portuguesa e instituições de saúde pública. Foi também ponto de lazer nas décadas passadas, com suas praias frequentadas por esportistas e banhistas da zona portuária.

Ao comer um caju, há quem estranhe a sensação áspera na boca, efeito dos taninos presentes na fruta. Mas para os nordestinos, esse detalhe faz parte do ritual. Entre feiras livres, mercados municipais e quintais cheios de cajueiros, o fruto segue firme como símbolo de resistência, adaptação e memória. Em cada mordida, um pouco da história do Brasil.

• 4 a 5 cajus frescos ou 1 xícara de polpa de caju (cerca de 240 ml)
• 500 ml de água gelada
• 2 a 3 colheres de sopa de açúcar (ajuste conforme seu gosto)
• Gelo a gosto
• Suco de 1/2 limão (opcional, para adicionar um toque de acidez)
• Fazer um delicioso suco de caju é simples e rápido. Siga os passos abaixo para obter o melhor resultado:
  1. Prepare o caju: Se estiver usando cajus frescos, comece lavando bem as frutas. Você pode optar por retirar as castanhas (parte dura) antes de fazer o suco, embora deixá-las possa intensificar o sabor do suco.
  2. Bata no liquidificador: Coloque os cajus (ou a polpa), a água e o açúcar no liquidificador. Se você optou por adicionar o suco de limão, este é o momento de incluí-lo.
  3. Coe (opcional): Se você prefere um suco mais liso e sem resíduos, passe a mistura por uma peneira fina para remover as fibras do caju.
  4. Ajuste o sabor: Prove o suco e adicione mais açúcar se necessário. Lembre-se que o sabor do caju pode variar, então ajuste conforme seu paladar.
  5. Sirva: Adicione gelo ao suco e sirva imediatamente, para garantir que ele esteja bem gelado e refrescante.