Após três anos de minuciosa pesquisa e dedicação, a equipe da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo revelou as primeiras imagens reconstituídas dos crânios de Lampião e Maria Bonita, ícones do cangaço brasileiro. O trabalho, que uniu técnicas avançadas de antropologia forense e tecnologia 3D, buscou resgatar traços fisionômicos desses personagens que marcaram a história do Nordeste.

A reconstrução oferece um olhar renovado sobre o casal que simboliza a resistência e a complexidade do sertão brasileiro no início do século XX. Mais do que uma representação física, o estudo permite compreender melhor as condições de vida e os aspectos culturais que moldaram suas existências.

Este projeto também reaviva o debate sobre a preservação da memória histórica e a importância da ciência na reinterpretação do passado. Ao trazer à luz as feições desses personagens, a equipe da USP reafirma o papel da antropologia na construção de narrativas que vão além dos livros, tornando o patrimônio histórico palpável para as novas gerações.