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Facção usava laranjas e empresas de fachada para lavar dinheiro na Paraíba, aponta investigação

O.grupo movimentou mais de R$ 250 milhões por meio de empresas de fachada e pessoas que emprestavam suas contas bancárias para esconder o dinheiro do crime

Por: Redação Fonte: ParaíbaON
30/09/2025 às 16h36
Facção usava laranjas e empresas de fachada para lavar dinheiro na Paraíba, aponta investigação

Uma operação policial realizada nesta terça-feira (30) revelou um esquema milionário de lavagem de dinheiro comandado por integrantes do Comando Vermelho na Paraíba. Segundo a investigação, o grupo movimentou mais de R$ 250 milhões por meio de empresas de fachada e pessoas que emprestavam suas contas bancárias para esconder o dinheiro do crime.

Durante a operação, 24 pessoas foram presas, a maioria na Paraíba. Um dos principais alvos é Flávio de Lima Monteiro, conhecido como “Fatoka”, apontado como o chefe da facção no estado. Ele está foragido e, segundo a polícia, continua dando ordens mesmo escondido em uma comunidade do Rio de Janeiro.

De acordo com o delegado Helton Vinagre, os criminosos usavam empresas fantasmas, que só existiam no papel, e colocavam bens e movimentações bancárias no nome de outras pessoas, conhecidas como laranjas. “Muitas dessas pessoas são companheiras de membros da facção e sabiam do envolvimento com o crime”, afirmou.

A operação, chamada de "Asfixia", teve como foco principal o bloqueio dos recursos financeiros do grupo. Até o momento, mais de R$ 125 milhões já foram bloqueados pela Justiça. A investigação também identificou que a maior parte das atividades ilegais do grupo estava concentrada em Cabedelo, na Grande João Pessoa, além de Campina Grande e outras cidades.

Além de Fatoka, outro nome que chamou atenção na investigação foi o de uma mulher identificada como Ariadna, responsável por coordenar o esquema de lavagem de dinheiro. Ela controlava contas bancárias e empresas envolvidas no esquema, operando principalmente em Cabedelo e Campina Grande.

A ação policial aconteceu em vários municípios da Paraíba e também em comunidades do Rio de Janeiro. Foram cumpridos 26 mandados de prisão e 32 mandados de busca e apreensão. A operação contou com o apoio de unidades especializadas, como os grupos de operações táticas, cães farejadores e inteligência policial.

 

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