A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES) emitiu um alerta epidemiológico nesta quarta-feira (1º) para reforçar as orientações aos profissionais de saúde sobre o risco de intoxicação por metanol. A medida segue uma determinação do Ministério da Saúde, que estabeleceu a notificação compulsória imediata de casos suspeitos em todo o país.
De acordo com o documento da SES, devem ser considerados casos suspeitos os pacientes que, após ingerirem bebida alcoólica, apresentem sintomas como náuseas, vômitos, dor abdominal, alterações visuais (visão turva ou perda súbita da visão), sinais neurológicos (dor de cabeça intensa, tontura, convulsões ou coma), além de acidose metabólica sem explicação nos exames laboratoriais.
O metanol é uma substância altamente tóxica e sua ingestão, mesmo em pequenas quantidades, pode causar cegueira irreversível, falência de órgãos e morte. A maior parte dos casos registrados está relacionada ao consumo de bebidas adulteradas ou de origem clandestina.
“Esse cenário reforça a necessidade de alerta máximo entre os serviços de saúde, com prioridade para a notificação compulsória imediata no SINAN, conforme orientação do Ministério da Saúde”, destacou a SES em nota técnica enviada aos municípios paraibanos.
A Secretaria também afirmou que continuará monitorando a situação epidemiológica e mantendo os profissionais informados com atualizações e orientações sobre vigilância e resposta rápida. A pasta destacou ainda a importância da atuação conjunta entre profissionais de saúde, gestores públicos e a população para garantir a detecção precoce dos casos, notificação imediata e adoção de medidas preventivas.
Até esta quinta-feira (2), o Brasil já registrou 43 notificações de intoxicação por metanol, sendo 39 em São Paulo e 4 em Pernambuco. Entre os casos paulistas, 10 foram confirmados por ingestão de bebida contaminada e outros 29 seguem em investigação. Uma morte já foi confirmada no estado de São Paulo e outras sete estão sob análise – cinco em São Paulo e duas em Pernambuco.