A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba confirmou, na manhã deste sábado (4), o registro do primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol no estado. O paciente é um homem de 32 anos, natural da cidade de Baraúna, no interior paraibano. Ele procurou atendimento no Hospital Regional de Picuí apresentando sintomas compatíveis com envenenamento por metanol, após relatar o consumo de bebida alcoólica nos últimos três dias.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Ari Reis, a equipe da pasta está mobilizada no acompanhamento do caso.

“Bom dia, Paraíba. Agora no final da manhã, às 11h30, toda a equipe da Secretaria de Estado da Saúde está mobilizada, acompanhando o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol no nosso estado. O paciente deu entrada pela urgência e emergência do Hospital Regional de Picuí com sintomas característicos da intoxicação por metanol”, afirmou o secretário.

O caso acende um alerta nas autoridades de saúde da Paraíba, especialmente diante do avanço recente de casos semelhantes em outras regiões do Brasil.

Nos últimos meses, diversos estados brasileiros registraram surtos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Em Minas Gerais, por exemplo, mais de 20 pessoas foram hospitalizadas, com vários óbitos confirmados. No Ceará e no Maranhão, também foram identificados casos de envenenamento por metanol, levantando suspeitas sobre a circulação de bebidas clandestinas contaminadas.

O metanol é uma substância altamente tóxica, utilizada em produtos industriais, e seu consumo, mesmo em pequenas quantidades, pode levar à cegueira, falência renal, coma ou morte. Quando usado de forma irregular na fabricação de bebidas artesanais ou falsificadas, representa um grave risco à saúde pública.

A Secretaria de Saúde da Paraíba informou que o caso está sendo tratado com prioridade e que já iniciou investigações para rastrear a origem da bebida consumida pelo paciente. Amostras foram coletadas para análise laboratorial, e o caso também foi comunicado ao Ministério da Saúde e à Vigilância Sanitária.