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Jair Bolsonaro é preso após decisão de Alexandre de Moraes apontar risco de fuga

O ministro afirmou que a convocação da vigília poderia facilitar eventual tentativa de fuga.

Por: Redação Fonte: Paraíba ON
22/11/2025 às 08h25
Jair Bolsonaro é preso após decisão de Alexandre de Moraes apontar risco de fuga

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso na manhã deste sábado (22) após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem atende a um pedido da Polícia Federal (PF) e tem caráter preventivo, não estando relacionada diretamente à condenação do ex-presidente no caso que envolve tentativa de golpe de Estado, mas sim ao descumprimento de medidas cautelares.

Segundo a decisão, a prisão foi decretada após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, na noite de sexta-feira (21). A mobilização teria potencial para dificultar a fiscalização das medidas determinadas pela Justiça.

De acordo com Moraes, o Centro de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou ao STF que a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro foi violada às 0h08 deste sábado, o que reforçou o entendimento de risco iminente de fuga.

O ministro afirmou que a convocação da vigília poderia facilitar eventual tentativa de fuga e de obstrução das medidas impostas ao ex-presidente. No despacho, Moraes recorda que, durante uma investigação anterior, Bolsonaro teria planejado buscar asilo político na embaixada da Argentina.

O condomínio onde o ex-presidente estava cumprindo prisão domiciliar fica a aproximadamente 13 quilômetros do Setor de Embaixadas Sul, distância que, segundo Moraes, poderia ser percorrida “em menos de 15 minutos”.

O ministro também citou os deputados Alexandre Ramagem, Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro, destacando que os três teriam deixado o país recentemente para evitar medidas judiciais, o que, segundo ele, reforça a possibilidade de fuga por parte do ex-presidente.

Moraes ainda mencionou um vídeo divulgado por Flávio Bolsonaro na noite anterior, afirmando que o conteúdo “incita o desrespeito ao texto constitucional, à decisão judicial e às próprias instituições”.

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