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MP da Paraíba investiga prefeito de Caaporã por suposto recebimento de R$ 400 mil em dinheiro vivo

MP da Paraíba investiga prefeito de Caaporã por suposto recebimento de R$ 400 mil em dinheiro vivo

Por: Luanja Dantas
23/09/2025 às 12h20 Atualizada em 23/09/2025 às 15h20
MP da Paraíba investiga prefeito de Caaporã por suposto recebimento de R$ 400 mil em dinheiro vivo
Foto: Reprodução

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu uma investigação preliminar para apurar possíveis irregularidades envolvendo o prefeito de Caaporã, Chico Nazário (União). A apuração foi motivada por uma reportagem veiculada no dia 16 de setembro de 2025, que mostra imagens do gestor supostamente recebendo cerca de R$ 400 mil em dinheiro vivo, em circunstâncias sugestivas de caixa dois e outros crimes. O valor teria sido entregue às vésperas da campanha eleitoral de 2024.

A Notícia de Fato foi instaurada pela promotora de Justiça Eleitoral Erika Bueno Muzzi, que determinou diligências iniciais para verificar indícios de captação e gasto ilícito de recursos eleitorais, além de possíveis crimes como corrupção passiva, fraude em licitação e peculato. Após assumir o cargo, o prefeito rescindiu um contrato anterior de coleta de lixo e firmou um novo contrato, sem licitação, no valor de R$ 3,2 milhões com uma empresa indicada por um consultor financeiro, que atualmente ocupa o cargo de secretário de Articulação Política do município.

O Ministério Público fixou um prazo de 10 dias para que o veículo de imprensa forneça o vídeo completo, que a empresa contratada seja notificada, e que a prefeitura entregue todos os documentos relacionados ao contrato sem licitação. Também foram expedidas notificações para o prefeito, o secretário citado e o cartório eleitoral, que deverá apresentar a prestação de contas da campanha de 2024.

A Notícia de Fato é a fase inicial do procedimento, com prazo de 30 dias, prorrogável por até mais 90, destinada à coleta de informações e análise preliminar. Ao final desse período, a promotoria avaliará se há elementos suficientes para instaurar um inquérito civil ou outro tipo de investigação formal. O caso traz à tona preocupações sobre o uso de recursos públicos e a legalidade de contratos firmados no início da atual gestão municipal.

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