Enquanto o relógio eleitoral avança rumo a 2026, a política na Paraíba segue tecendo alianças estratégicas. O governador João Azevêdo (PSB) fez nesta quinta-feira (9) uma manifestação pública de cautela: elogiou o papel do PT em sua base, ressaltou que dissidências são parte do jogo político, mas alertou que “roubo” é termo forte demais para rivalidades partidárias e que acreditar em antecipações é tentar adivinhar o que ainda vai se desenrolar.
Do outro lado, o prefeito Cícero Lucena (sem partido) intensifica contatos: esteve com lideranças do PT e do MDB, com rumores cada vez fortes de que deve retornar ao MDB, partido em que já foi eleito no passado. A aproximação com o senador Veneziano Vital do Rêgo reforça essa hipótese. Os bastidores indicam que a sigla pode servir de base para uma candidatura majoritária do prefeito no próximo pleito.
Enquanto isso, o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) tem investido na conversa com toda a base governista. Ele declarou que não vê dificuldades em construir uma chapa ampla, dialogando inclusive com o Republicanos, em busca de alinhamento interno que mantenha o bloco unido diante dos rumores de divisões.
No front da oposição, discursos e possíveis trocas de legenda, crescimento no MDB, convites do PSDB, PDT e Avante, movimentam o cenário. Mas até agora nada confirmado: as definições dependem do resultado da costura política e de estratégias de apoio que ainda estão sendo costuradas.
Ao fim, o presidente estadual PSB observa: as alianças serão definidas conforme avança o tempo, não antes. Em 2026, a narrativa política da Paraíba pode surgir de pequenas decisões internas tomadas hoje ou de surpreendentes reviravoltas.