
A formalização como Microempreendedor Individual (MEI) vem se tornando um dos principais caminhos para superar a vulnerabilidade social no Brasil. É o que mostra o Informe CadÚnico 07/2025, elaborado em parceria entre o Sebrae e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Segundo o levantamento, 55% dos MEIs cadastrados no Cadastro Único — cerca de 2,5 milhões de pessoas — decidiram empreender após ingressar no sistema.
Na Paraíba, o cenário segue a mesma tendência: 59,2% dos microempreendedores formalizaram o negócio depois de entrarem no CadÚnico. Além disso, metade desses empreendedores (50,6%) pertence a famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF).
Os dados indicam que o Cadastro Único funciona como uma espécie de ponto de partida para quem busca construir um novo sustento. “Esses números mostram que o MEI atua como uma ponte de transição e complemento de renda. Ele permite que as famílias mantenham o apoio social enquanto constroem sua própria fonte de trabalho e iniciam o caminho para sair da extrema pobreza. Para o Sebrae, os dados reforçam a importância de políticas públicas que apoiem e capacitem esse empreendedor, garantindo que a formalização se transforme em um negócio sólido e rentável”, afirmou Nelijane Ricarte, analista do Sebrae/PB.
O estudo também revela que 43% dos MEIs com CNPJ e responsável no CadÚnico já foram atendidos pelo Sebrae, sendo 42% desses atendimentos realizados após o ingresso no sistema.
De acordo com Nelijane, esse suporte técnico tem sido essencial para a continuidade e sustentabilidade dos pequenos negócios. “Essa atuação integrada fortalece a inclusão socioprodutiva, amplia as oportunidades e ajuda a construir trajetórias mais autônomas e sustentáveis para milhares de famílias paraibanas”, destacou.
A parceria entre Sebrae e MDS tem se mostrado estratégica: enquanto o MDS identifica e acompanha as famílias em situação de vulnerabilidade, o Sebrae oferece apoio técnico e estratégico para quem decide empreender. Juntas, essas instituições criam condições para que o empreendedor transforme oportunidade em independência e vulnerabilidade em desenvolvimento.