
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou 4,1 mil cargos comissionados desde o início da atual gestão, em janeiro de 2023. Com isso, a administração pública federal atingiu o maior número de cargos de confiança da história, chegando a 50,4 mil ocupações em outubro de 2025.
Os dados fazem parte de um levantamento do Farol da Oposição, ligado ao Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, e foram confirmados pelo Painel Estatístico de Pessoal, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
Segundo o governo federal, o aumento ocorreu por causa da reorganização dos ministérios em 2023. A gestão afirma ainda que os novos cargos não geraram aumento de gastos, pois muitos deles foram criados a partir da transformação de vagas que estavam desocupadas ou consideradas obsoletas.
Os cargos comissionados são de livre nomeação e exoneração e incluem funções de direção, chefia e assessoramento. Eles podem ser ocupados tanto por servidores públicos quanto por pessoas de fora da administração pública. Mais da metade dessas vagas, cerca de 53%, está na administração direta, como nos ministérios. O restante está distribuído entre autarquias e fundações.
Os órgãos com maior número de cargos comissionados são o INSS, o Ministério da Fazenda, a Polícia Federal, o Ministério da Gestão, o IBGE, o Ministério da Saúde e a Presidência da República.
Entre os ministérios que mais ampliaram esse tipo de cargo na comparação entre o fim do governo Jair Bolsonaro e o início da gestão Lula estão as pastas da Fazenda, Gestão, Agricultura e Trabalho e Emprego, além de ministérios que foram criados ou desmembrados no atual governo.
Atualmente, o governo Lula conta com 38 ministérios e chegou a ter 39, com a criação de uma pasta extraordinária para atender a tragédia climática no Rio Grande do Sul. Jair Bolsonaro encerrou o mandato com 23 ministérios, mas foi o presidente que mais criou cargos comissionados em números absolutos, com 13,4 mil novas vagas apenas em 2022.