No cenário musical contemporâneo, onde as plataformas de streaming dominam as paradas, o vinil ressurge como um ícone de resistência e nostalgia. Para Nando Reis, ex-integrante dos Titãs e um dos nomes mais reverenciados do rock brasileiro, o vinil nunca morreu. Pelo contrário, ele está mais vivo do que nunca. Em uma recente entrevista concedida ao editor-executivo Guilherme Werneck, no programa Conversas com o Meio, Nando Reis revelou sua mais nova empreitada: o lançamento de uma caixa especial contendo quatro LPs.
Durante a entrevista, Nando abordou não apenas o revival do vinil, mas também os momentos cruciais de sua carreira, marcada por sucessos, desafios pessoais e uma trajetória ímpar no rock nacional. Ele discutiu abertamente o impacto das drogas em sua vida, os altos e baixos da fama e sua visão sobre a política atual, sem deixar de lado o espírito rebelde que sempre caracterizou seu trabalho.
Para Nando, o vinil não é apenas um formato de música, mas uma expressão artística que envolve a sonoridade, a materialidade e a experiência sensorial de ouvir música. “O vinil é uma obra de arte que se manifesta em várias dimensões”, afirmou ele, ressaltando a importância de manter viva essa tradição em tempos digitais.
Ao longo da conversa, ficou evidente que, para Nando Reis, o rock’n’roll vai além das guitarras e das batidas. É uma forma de expressão cultural que ainda tem muito a dizer sobre o mundo de hoje. Seu novo projeto em vinil é mais uma prova de que, para quem vive e respira música, alguns formatos nunca perdem o brilho, independentemente das mudanças tecnológicas.
Essa entrevista, que foi ao ar esta semana no Conversas com o Meio, é um convite para mergulhar na mente de um dos grandes ícones do rock brasileiro, refletindo sobre passado, presente e futuro de uma carreira que continua a inspirar gerações.
Por Hermano Araruna