Mauro Motta, nome marcante nos bastidores da música brasileira, faleceu sem ter a causa da morte divulgada. Nascido no Rio de Janeiro e criado em uma família de poucos recursos, Motta encontrou na mãe, Dirce, a inspiração para iniciar seus estudos de piano aos cinco anos, dedicação que se estendeu até a adolescência.
Durante a infância, entre as ruas do Rio e o lar em Guapimirim, na Serra fluminense — onde viveu desde o fim dos anos 1970 —, Motta moldou a sensibilidade que mais tarde o levaria ao cenário musical. Integrou, em 1968, o grupo Renato e Seus Blue Caps, mas foi fora dos holofotes, compondo e produzindo, que construiu uma trajetória sólida e discreta.
Foi parceiro de Raul Seixas em canções como “Doce, Doce Amor”, eternizada por Jerry Adriani, e “Ainda Queima a Esperança”, que ganhou força na voz de Diana. Ao lado de Robson Jorge, compôs “Fim de Tarde” e “Eu Preciso Te Esquecer”, sucessos na voz de Claudia Telles. Suas músicas chegaram também ao repertório de Roberto Carlos, com títulos como “Nosso Amor”, “Voltei ao Passado”, “Eu Me Vi Tão Só” e “Preciso Te Esquecer”, muitos em parceria com Eduardo Ribeiro.
Discreto, Motta preferiu o anonimato ao estrelato, mas deixou um legado que ecoa nos grandes nomes da música nacional.
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