A vacina SpiN-TEC, desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), deu mais um passo importante rumo à produção em larga escala. Resultados divulgados nesta semana mostram que o imunizante é seguro, tem boa resposta imunológica e apresentou menos reações adversas do que a vacina da Pfizer.
O estudo, publicado em uma revista científica internacional, foi feito em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e contou com investimentos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O projeto recebeu cerca de R$ 140 milhões em recursos públicos.
Nos primeiros testes, 36 voluntários receberam a vacina, e nenhum apresentou efeitos graves. A segunda fase, com 320 participantes, confirmou os resultados positivos. Agora, os pesquisadores aguardam a autorização da Anvisa para iniciar a fase final, que deve envolver mais de 5 mil pessoas em diferentes estados.
Segundo os cientistas, a vacina adota uma tecnologia que estimula o corpo a eliminar células infectadas pelo vírus, o que ajuda a aumentar a proteção mesmo contra novas variantes da Covid-19.
Se o cronograma for mantido, a SpiN-TEC pode chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS) até 2027. Além desse projeto, os pesquisadores também trabalham no desenvolvimento de vacinas contra malária, leishmaniose e doença de Chagas.