
Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, foi preso neste sábado (21) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que apontou risco de fuga como justificativa para a medida.
Moraes ordenou que a Polícia Penal do Distrito Federal realize vigilância permanente na residência de Bolsonaro, onde ele cumpre prisão domiciliar sob tornozeleira eletrônica.
De acordo com o ministro, há indícios de que Bolsonaro poderia tentar se evadir, especialmente tendo em vista o julgamento final da chamada “ação penal 2.668/DF” — processo que investiga uma trama golpista. A decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) apoiou o aumento da vigilância, reforçando o receio de que o ex-presidente não cumprisse as medidas cautelares impostas.
Em uma decisão posterior, Moraes negou um habeas corpus solicitado pela defesa de Bolsonaro, mantendo a prisão domiciliar e reiterando a “garantia da ordem pública” e a “aplicação integral da lei penal” como fundamentos para a manutenção das restrições.
Segundo o ministro, o histórico de descumprimento de restrições — inclusive em redes sociais — agrava o risco de fuga.
Marcelo Queiroga, médico cardiologista e presidente estadual do Partido Liberal (PL) na Paraíba, criticou em declarações públicas a decisão judicial.
Em entrevista ao ParaíbaON, Queiroga disse que a prisão de Bolsonaro representa uma “perseguição implacável”.
Segundo ele, as medidas cautelares impostas ao ex-presidente são “absolutamente improcedentes” e não se sustentam juridicamente.
Queiroga afirmou ainda que a decisão de Moraes “entra para o ementário de atrocidades” e acusa o ministro de abusar de sua autoridade institucional. Na visão do dirigente partidário, ao punir Bolsonaro, a Justiça não atinge apenas o ex-presidente, mas “uma grande parte do povo brasileiro”, segundo ele defensor do direito de expressão e participação política de seus apoiadores.